Abaixo a reforma administrativa! Reparação já! Pelo fim da exploração!
Nosso país é capitalista, desigual, machista, LGBTfóbico e profundamente racista. A verdade é dura e deve ser dita. O Brasil capitalista é a maior nação negra fora da África, no entanto, negras e negros representam os setores mais explorados e que recebem os piores salários.
A média salarial nacional, segundo o IBGE (2024), aponta que homens brancos recebem em média R$ 3.680,00 mensais e as mulheres brancas, R$ 2.766,00. Homens negros recebem em média R$ 2.188,00 e as mulheres negras apenas R$ 1.785,00. São salários miseráveis, de fome. Segundo o Dieese, o salário mínimo para uma família de 4 pessoas viver dignamente deveria ser de R$ 7.116,83. Se homens brancos recebem a metade do mínimo do Dieese, para negros e mulheres brancas e negras é ainda pior. Por isso, trabalhadores homens, mulheres, negros e brancos devem lutar juntos contra essa exploração, que é a base da opressão.

O quadro acima demonstra a continuidade da marginalização histórica de negros e negras em nosso país, onde mulheres negras representam o setor mais explorado da classe trabalhadora. Esta violenta desigualdade social e racial é mantida pelo governo Lula.
As maiores vítimas da violência são negras e negros
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que, em 2023, 35.213 negros foram assassinados no Brasil, enquanto 9.908 pessoas não negras foram vítimas de homicídio.
O Anuário de Segurança Pública deixa claro que os negros têm 4 vezes mais chances de serem mortos pela polícia do que os brancos, e que as negras e negros são 82,7% dos mortos pela polícia. A maioria dessas mortes vêm da juventude negra. A violência policial está espalhada pelos diferentes governos, de diferentes orientações políticas, como o da Bahia do Jerônimo/PT, São Paulo do Tarcísio/Republicanos e no Rio de Janeiro do Cláudio Castro/PL.
Parem de nos matar! Abaixo a PEC de Segurança de Lula e demais governos! Fora Cláudio Castro e seu governo assassino de pobres e negros do Rio de Janeiro!
A PEC da Segurança Pública pretende unificar as ações das polícias estaduais e guardas municipais com as forças de segurança federais (PF, PRF, Guarda Nacional) para ampliar a repressão aos mais pobres. A violência é combatida com empregos e salários dignos, saúde e educação de qualidade! A solução de aumentar policiais conforme prevê a PEC da Segurança é pura enganação eleitoreira e violenta, pois o aumento do número de policiais sem controle gera ainda mais corrupção e violência.
É necessário desmilitarizar as polícias para terem direito à organização sindical e democracia, e assim contribua para a desbrutalização dos policiais. Também é importante legalizar as drogas. Dependentes químicos precisam de atendimento médico e psicológico. As famílias necessitam de assistentes sociais públicos, e em grande quantidade, para garantir orientação profissional e apoio adequado. Necessitam de projetos de incentivo ao esporte e às práticas artísticas, muito mais eficazes no combate ao crime e à violência do que mais policiais e destruição dos serviços públicos com a Reforma Administrativa.
Derrotar a Reforma Administrativa RACISTA do Congresso e do governo Lula
A reforma administrativa prejudicará todos os trabalhadores, principalmente negras e negros. O fim da estabilidade no emprego dos trabalhadores dos serviços públicos vai piorar a educação e saúde públicas, atingindo a maioria da população negra, que não pode pagar altas mensalidades escolares e planos de saúde. A avaliação de desempenho feita pelos chefes aumentará o machismo, o racismo e a LGBTfobia na sociedade, gerando injustiças que aumentarão o desemprego. Vamos juntos dizer NÃO!
“Sonhei que Zumbi e Dandara voltaram
e que as tristezas de negros e negras acabaram”
Zumbi e Dandara eram dirigentes do Quilombo de Palmares. Os quilombos eram os principais instrumentos de luta contra a escravidão. A escravidão acabou, mas a exploração capitalista e a violência racista não terminaram. A luta contra o trabalho assalariado continua. A opressão racial é fruto do processo de acumulação de capital no início do capitalismo, que criava ideologias racistas para negar a humanidade de negras e negros e assim justificar o tratamento desumano. Até hoje o capitalismo usa o racismo, o machismo e a LGBTfobia para aumentar a exploração e a opressão. Não podemos esquecer a violência realizada pelas tropas brasileiras no Haiti durante o governo anterior de Lula, a mando dos EUA. A luta dos trabalhadores negros e negras contra o racismo é internacional.
O quilombo de hoje é a Revolução Socialista mundial, que possibilitará reparar todo o atraso da escravidão capitalista de ontem e que continua com os péssimos salários, condições de vida e trabalho de hoje. Reparação já! As trabalhadoras e trabalhadores devem assumir o comando da sociedade para que todos tenham moradias dignas, salários decentes, saúde e educação de qualidade, sem desemprego e privatização. Para isso ocorrer, os grandes empresários e burgueses terão de perder. Perdemos muito com 385 anos de escravidão. Não dá para perder mais conquistas. Temos que avançar, passar à frente para acabar com todas as formas de violência, da exploração, do racismo, machismo, LGBTfobia, capacitismo e demais opressões. Se não há capitalismo sem racismo, destruamos o capitalismo!
Lugar de trabalhadores quilombolas é no MPR
O governo Lula está fazendo a reforma administrativa para privatizar, transformar serviços gratuitos em serviços pagos com qualidade ruim. O objetivo é entregar os serviços públicos para as empresas privadas lucrarem. Todas as experiências com privatizações pioraram os serviços. Foi assim com a água, a energia, os transportes etc. O objetivo é também acabar com a estabilidade no emprego dos trabalhadores do serviço público. Isso vai aumentar o desemprego, piorar os salários e tornar a luta pelo fim da jornada 6×1 mais difícil. Lula governa para os grandes empresários e fornece migalhas aos trabalhadores. O PSOL com Boulos e Sônia Guajajara estão no governo da burguesia com o papel de frear as lutas. Não se deixe iludir!
Os trabalhadores que desejam lutar, que perderam a paciência com as direções reformistas do PT, do PSOL e do stalinismo, venham para o MPR construir a alternativa verdadeiramente revolucionária e socialista. Vamos nos unir e lutar juntos!
Nosso quilombo não cabe nas urnas, façamos do amanhã um quilombo socialista!
